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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

150 anos de "Amor de Perdição"

"Vou contar-vos uma história muito bonita. É uma história de amor, de um amor muito, muito grande, tão grande que nunca morreu e a maior prova disso é que acabou em livro, este que agora vocês estão a ler e do qual decerto muito vão gostar. Isto, apesar de também ser um bocadinho triste, mas qual é a história de amor que, como a vida, não tem coisas boas e coisas más?"

É assim que começa a versão adaptada para os mais novos por Pedro Teixeira Neves, com ilustrações de Helena Simas.



A versão original de "Amor de Perdição" foi escrita por Camilo Castelo Branco e publicada em 1862, pelo que se comemora o seu 150º aniversário.
 
O autor ter-se-á inspirado nas suas próprias desventuras amorosas e na história de amor de "Romeu e Julieta", peça da autoria de William Shakespeare.
 
Esta é considerada a maior obra de Camilo Castelo Branco e foi alvo de algumas adaptações tanto para o cinema como para o teatro.

Na tua Biblioteca Escolar podes encontrar este livro quer na versão original quer na adaptada para os mais novos. Podes ainda encontrar uma versão digital aqui.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Manuel António Pina (1943-2012)

Em homenagem a Manuel António Pina, a Biblioteca Escolar relembra o escritor e alguns títulos que fazem parte das obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura.
 
Foto: Clara Azevedo/CLICKLIGHT
 
 
UMA PROSA SOBRE OS MEUS GATOS
 
Perguntaram-me um dia destes
ao telefone
por que não escrevia
poesia (ao menos um poema)
sobre os meus gatos;
mas quem se interessaria
pelos meus gatos,
cuja única evidência
é serem meus (digamos assim)
e serem gatos
(coisa vasta, mas que acontece
a todos os da sua espécie)?
Este poderia
(talvez) ser um tema
(talvez até um tema nobre),
mas um tema não chega para um poema
nem sequer para um poema sobre;
porque é o poema o tema,
forma apenas.
Depois, os meus gatos
escapam de mais à poesia,
ou de menos, o que vai dar ao mesmo,
são muito longe
ou muito perto,
e o poema precisa do tempo certo
de onde possa, como o gato, dar o salto;
o poema que fizesse
faria deles gatos abstractos,
literários, gatos-palavras,
desprezível comércio de que não me orgulharia
(embora a eles tanto lhes desse).
Por fim, não existem «os meus gatos»,
existem uns tantos gatos-gatos,
um gato, outro gato, outro gato,
que por um expediente singular
(que, aliás, também absolutamente lhes desinteressa)
me é dado nomear e adjectivar,
isto é, ocultar,
tendo assim uns gatos em minha casa
e outros na minha cabeça.
Ora só os da cabeça alcançaria
(se alcançasse) o duvidoso processo da poesia.
Fiquei-me por isso por uma prosa,
e mesmo assim excessivamente corrida e judiciosa.

Manuel António Pina
 
 
 
AMOR COMO EM CASA
 
Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.

                                                               Manuel António Pina
 
 
 
Na Biblioteca podes encontrar algumas obras deste autor:
 
Perguntem aos vossos gatos e aos vossos cães
Os Piratas
Poesia Reunida
O Têpluquê e outras histórias
Pequeno Livro de Desmatemática
O Tesouro
 
 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Parabéns, Agustina!

A escritora Agustina Bessa Luís completou 90 anos.
A BE deseja Feliz Aniversário.
 
 
Se quiseres ficar a saber mais sobre esta escritora, aconselhamos-te a visualização de "O mundo de Agustina".
Caso pretendas explorar um pouco a sua obra, sugerimos a leitura do livro "Dentes de rato", indicado no Plano Nacional de Leitura.